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Casa Digital: Um novo Conceito de Habitação

eco digital house
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Saiba o que é casa digital e conheça o novo conceito de habitação digital para ver como uma casa digital pode contribuir para uma melhor qualidade de vida.

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A casa Digital pode ser definida como o lugar onde as necessidades familiares em termos de segurança, conforto, gestão de energia, entretenimento, saúde e comunicações são atendidas através da convergência de serviços, infra-estruturas e equipamentos utilizando a Internet de banda larga com a “Utility” fundamental a par da electricidade, da água, do gás, da televisão e do telefone.

Assim a casa digital conectada é o pilar fundamental de uma habitação digital e dispõe de um conjunto de redes (Domótica, segurança, multimédia e comunicações) que comunicam entre si e com o exterior através de dispositivos denominados de gateways domésticas.

Estas gateways domésticas são dispositivos que além de oferecerem o acesso à banda larga por parte de todos os equipamentos integrantes das redes domésticas, actuam como concentradores permitindo que um fornecedor externo ofereça serviços tais como telecontrolo, telemedicina, televigilância, teleassistência, vídeo-on-demand, jogos, etc.

Igualmente as gateways domésticas podem atuar como servidor para serviços requisitados em tempo real como o streaming de vídeo em payper-view.

Enquadramento histórico

O modelo de sociedade actual é muito marcado pela presença ubíqua da tecnologia a qual segue a máxima de primeiro estranha-se e depois entranha-se. A tecnologia modificou de maneira irreversível a maneira como vivemos, como trabalhamos e de que forma ocupamos o nosso tempo em casa.

A sociedade actual é o resultado de uma evolução em ritmo acelerado e onde predomina a informação. Em termos históricos podemos identificar o período entre 1800 e 1950 como o designado por sociedade industrial e onde predominam os produtos. Entre 1950 e 2000 temos a denominada sociedade pós-industrial onde predominam os serviços e de 2000 até ao presente temos a sociedade da informação onde o que predomina é exactamente a informação e o conhecimento.

Os métodos de trabalho, a ocupação dos tempos livres e o acesso à informação ilustram bem como temos evoluído ao longo da última década. Se para a sociedade industrial as “utilities” são as empresas distribuidoras de electricidade, água, gás e telefone e para a denominada sociedade pós-industrial as “utilities” são as distribuidoras de TV e de telefone móvel, já para a sociedade actual, denominada da informação ou do conhecimento a “utility” é a Internet e o seu fornecimento.

casa digital

Assim sendo e com a rapidez com que a sociedade da informação e do conhecimento está a colocar a tecnologia na vida de cada um, está igualmente a mudar o conceito de casa, do que a casa nos tem de proporcionar, do que esta terá de incluir e de que forma a casa terá de evoluir para satisfazer as necessidades actuais das pessoas.

Aquilo que até á muito pouco tempo era adequado agora não passa do básico e as tendências atuais em termos tecnológicos e sociais fazem com que seja reavaliado o conceito de habitar e as tecnologias e as suas aplicações à casa são uma clara mais valia sem a qual já não se pode construir.

Quais as tendências atuais que levam à necessidade da casa digital?

Tecnológicas

  • Maior oferta e consequente baixa nos preços das telecomunicações;
  • Nova regulamentação para as infra-estruturas de telecomunicações (ITED);
  • Aumento da penetração de banda larga.

Sociais:

  • Envelhecimento da população;
  • Aumento de famílias unipessoais;
  • Aumento de famílias monoparentais;
  • Aumento de divórcios e separações;
  • Aumento de famílias “Reconstruídas”;
  • Aumento de coabitações;
  • Deslocação da população, principalmente idosa, para zonas mais favoráveis;
  • Desaparecimento de famílias numerosas;
  • Diminuição da nupcialidade, fertilidade e natalidade;
  • Aumento do número de casais voluntariamente sem filhos;
  • Maternidade tardia.

Assim sendo as tendências actuais em termos tecnológicos e sociais indicam um caminho irreversível no sentido de as casas adoptarem as novas tendências em termos de arquitectura, construção e tecnologias e que se tornem flexíveis, evolutivas e adaptáveis, ou seja, que se tornem casas mais inteligentes.

As casas de hoje deverão ser possuidoras de mais qualidade em termos de arquitectura e construção, ser mais pequenas, ser para habitar temporariamente e não toda a vida e terem mais tecnologia, nomeadamente as 4 redes fundamentais para a habitação digital como sejam a domótica, a segurança, o multimédia e as comunicações assim como um acesso de banda larga e uma respectiva gateway doméstica, que na sua versão mais simples assume a forma de um router.

A Domótica é uma rede fundamental na habitação digital e os seus sistemas de automação e controlo em conjunção com as redes de segurança, comunicações e multimédia irão certamente constituir uma forma perfeita de habitar e adequada ás necessidades reais dos utilizadores, que são quem habita nas casas.

Assim sendo a casa digital só será uma realidade quando existirem empresas que levantem as reais necessidades dos utilizadores, saibam propor os serviços adequados, implementem as infra-estruturas e realizem a instalação e manutenção dos equipamentos e sistemas.

casa digital inteligente

Quais as maiores dificuldades na implementação da habitação digital?

  • Falta de formação;
  • Pouca definição de serviços e produtos a oferecer;
  • Sector com muitos “participantes”;
  • Falta elemento unificador das várias tecnologias;
  • Desconhecimento e falta de confiança por parte dos utilizadores.

Conclusão

Em resumo, a casa digital corresponde ao conceito de habitar exigido pela sociedade atual, baseada na informação e no conhecimento, e que a sua implementação necessita de profissionais com a formação adequada e de utilizadores devidamente informados pois só assim estes se apercebem de que a tecnologia e os serviços que lhe estão associados fazem com que se desfrute mais das casas, se tenha mais segurança em termos de pessoas e bens, se poupe tempo, se aumente o conforto e, em resumo, se tenha uma maior qualidade de vida.

Etiquetas do artigo:
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Categorias do artigo:
Casas Ecológicas · Casas Modulares

Comentários

  • Boa tarde

    Pretendo conhecer características técnicas das vossas casas, modulares ou pré-fabricadas, preços e outros, para habitação permanente com mais de 100 m2, tipologia T3 para edificação na zona de Vila Nova de Gaia.
    Outros aspetos que julguem pertinentes, desde licenças, transporte e montagem

    Fernando Oliveira 26 de junho de 2017 20:54 Responder
  • Boa tarde
    estou num processo de candidatura para um agroturismo onde coloco elevadas preocupações na componente da sustentabilidade.Pretendo que cada unidade do edificado seja uma “unidade inteligente”e,nesse sentido,estar interessado nas matérias que aqui são desenvolvidas.Obrigado

    João Ferreira Ferreira 19 de março de 2018 12:31 Responder

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